[A Voz das Concelhias] O Chega, a Geringonça de Direita e o resto do mundo

Onde é que a extrema direita nos levou? Teremos orgulho nos políticos que nos representam por aí fora? O que faz de um político um bom político?A França com Le Penn, Itália com Salvini, Brasil com o Bolsonaro, Polónia... À vista disso, o Parlamento Europeu, neste momento, conta com partidos de extrema direita/ direita radical em 13% dos assentos parlamentares. Que consequências poderá esta ascensão que é cada vez menos silenciosa e mais avassaladora?Muitas. Muitas. O mundo é multicultural. Somos uma aldeia bem grande dividida entre pequenas freguesias - os países. Temos diversidade: de etnias, de religião, de orientação sexual e de género... Alguns de nós são mais capacitados para fazer certas coisas e isso é bom, porque se fizéssemos e fôssemos todos uma mesma raça (não no sentido étnico), então seria bastante monótono.Abraçemos as nossas diferenças. De facto, o nosso país e o mundo nunca tiveram só uma raça, a diversidade sempre foi normal (e ótima!).Esta ideia só mudou quando algumas cabeças se aperceberam que podiam pôr a sua raça em hegemonia. Ou porque estão em maior número, ou simplesmente porque sim. Utilizam o conceito do nacionalismo para segurar toda a sua ideologia e, na verdade, só procuram e anseiam pelos benefícios que lhes podem ser atribuídos. E posso garantir que, para muitos, muitos arianos, o Holocausto não foi tão bonito assim.O CH e a geringonça dos Açores não devem ser menosprezados. Alt right no poder ou em número será sempre lamentável para o mundo. E cabe-nos a nós, jovens, educarmo-nos sobre os seus malefícios e, sobretudo, educarmos os outros. Por um bem maior, pela democracia, por um mundo que nos orgulhamos de habitar.

Matilde Rocha, militante
Concelhia de Penafiel da Juventude Socialista